sábado, 16 de janeiro de 2010

Serviço de bordo

Exponho uma tentativa de promessa: nunca mais (repito: tentativa) reclamarei dos amendoins oferecidos nos vôos nacionais no Brasil - mesmo não gostando de ameindoim. Esse é sempre o mínimo (pelo menos nas últimas viagens que eu fiz pela terra adorada - salve, salve!), quando o destino é próximo. Pode ser que seja uma barrinha de cereal, mas se o trajeto for um pouquinho mais longo, tipo 2h (que ainda não é nada), já tem lanchinho.

(foto da internet)
Aqui isso é luxo. Quero dizer, existe um catálogo com várias opções de cardápio, porém... todas são pagas. As aeromoças levam horas na função do carrinho porque além de servir tudo o que cada um pede, elas precisam fazer os cálculos, as cobranças e dar os trocos. Como se não bastasse, oferecem também outros produtos: perfumes, cremes, relógios e quinquilharias em geral. Por que cargas d'água as pessoas deixam para comprar esse tipo de coisa dentro de um avião?
 







O que acontece é que diminuem gastos em comida e esse tipo de serviço para baratear os custos das passagens, que - de fato - costumam ser bem baratas. Se forem compradas com antecedência então, há grandes chances de aproveitar promoções absurdas, tipo vôos internacionais por  €5,00.
Além disso, outro ganho das companhias é com as bagagens. Para cada mala despachada, o valor a ser pago é de €10,00, em geral. É por isso que aqui tanto se viaja com bagagem de mão - principalmente se os passeios forem de poucos dias. Ainda sim, o controle de tamanho e peso costuma ser rígido, variando de aeroporto para aeroporto.
Minha mãe e eu, por exemplo, tínhamos nos programado para conhecer Milão, Veneza, Florença e todas essas redondezas agora no início do ano, e depois iríamos direto para Roma. As notícias de neve, frio, chuva e alagamentos nessas regiões beeeem nos dias planejados - e já marcados - acabou desanimando e levando à desistência das visitas. Gastaríamos dinheiro (muito, pela fama que Milão tem nesse sentido) para mal conseguir sair, uma vez que mamãe se traumatizou com a neve, desde nossa experiência em La Molina, ou seja, ela acha "bonito em foto; estar na neve, nunca mais!"
Eu já não sou radical, mas ok, para fazer turismo não seria uma boa época. Simplesmente não fomos, mesmo com as passagens já compradas. A perda (financeira) foi pouca, pois o valor, para nós duas, tinha ficado em aproximadamente €30,00. O que perdemos realmente foi a ida, mas não a chance: oportunidades não faltarão e a vida é longa, minha gente.
Com tudo isso, nosso destino foi Roma, sem nenhuma parada no caminho.
Já escreverei...