Caminhei, sem mentira, quilômetros, só não sei precisar quantos. Fui a um clube de esportes(?)/academia pedir informações e acho que vou acabar me inscrevendo, minha coluninha idosa está há muito tempo "parada" e começa a dar sinais, como TRAVAR na subida de uma lomba (nada raras em Barcelona) sem que eu conseguisse continuar andando. Preocupante.
Saindo dali, um turista (mais que eu), tenta comunicação em inglês com a minha pessoa. Hehe, sou um fiasco, mas consegui explicar para ele como chegar na estação de metrô Alfonso X, até porque é uma das que eu mais utilizo, pela proximidade de casa (moro no A ali no mapa, clicando ele fica maior). Outro dia ensinei uma inglesa a chegar no Parque Güell, vejam só! Além de entender o que as pessoas querem, sei como chegar no local! Estou muito moradora, hein?
Bom, pela trajetória que tentei traçar no mapa, dá para ver que desci sempre sempre sempre por uma rua, a Carrer de Marina, e tcharãn(!) me deparei com a Sagrada Família! Não foi planejado, eu não tinha noção de onde ficava - são só 22 dias, vamos com calma, também não posso estar dominando a área - e o plano era sair sem rumo. Fui tirando algumas fotos e como - mais uma vez, repito - EU SOU MUITO ESPERTA, tinha deixado o chip da máquina conectado no computador. A memória foi para o saco. "Ok, oportunidades não faltarão, outro dia eu tiro", pensei. Esperem.
Continuei, torcendo para não encontrar nada que merecesse ser fotografado, quando muito - mas nem tanto - mais para frente, avisto a Torre Agbar, pela qual já passei algumas vezes e que é em frente à feira que encontrei esses dias. Sempre que estiver disposta, economizarei na passagem e irei a pé, apesar da pernada. Recebi uma ligação no celular ao que obviamente presumi ser mamãe, já que não tenho contatos hihi. Meu estômago a essa altura já se corroía e fui questionada quanto à minha ida para casa para o almoço. Meu passeio estava demais, porém a fome era imensa e gastar em comida só com alguém bancando hahahah. Foi nesse momento que peguei um ônibus, não queria desmaiar no caminho. Além disso, para descer todo santo ajuda. Minha graaande subida de volta não era animadora.
Comi correndo porque já tinha me programado para a primeira sessão de cinema do dia, que é sempre mais barata. Mesmo assim, facadinha no meu peito, 5 euros já na promoção, sem mais descontos. E eu pergunto: carteirinha de estudante para quê? Parece que no Brasil só chega no fim do ano... Alguns privilégios em estar aqui hehe
Sem cortar o barato de quem ainda vai assistir: gosto da cena inicial(?) do personagem Harry Caine com a loira, da Penélope experimentando as perucas e obedecendo os "sorrisos" pedidos, da cena em que ela volta pra a cama (foto com o cigarro), da função da personagem de Lola Dueñas (sem fotos), e da forma como "Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos" volta nesse filme.
Adorei!
Algumas coisas aqui são dubladas para o catalão, não foi o caso, ainda bem.
Fui a um cinema de rua, na Verdí, aquela por onde já passei e sempre gosto de voltar. A diferença dessa vez foi no horário. Cheguei na bilheteria, que por sinal estava fechada, às 15h34min e o filme era às 15h55min. A venda dos ingressos obviamente só começa com a chegada do funcionário, que vem sei lá de onde (de casa, provavelmente), que automaticamente gera nas pessoas uma agilidade incrível na formação de uma fila. Praticamente nada na rua, além do cinema, funciona neste horário. Na saída, quéissss! Pensei que estivesse em outro bairro, o movimento era intenso, mil lojinhas abertas que eu sequer sabia da existência, já que só via grades e portas fechadas. Muitas crianças numa pracinha próxima e uma grande confraternização de pais/mães/avós em volta.
Reiniciei meu passeio de andar até morrer, movido pela minha falta de vontade de me fechar em casa.
(Agora, A é o cinema)
Passeig de Gràcia é linda, chique e cara. É onde fica a Casa Batlló, La Pedrera e todas as grifes. Enfim, só passo olhando. Uma guria que me pareceu muito brasileira, talvez por preconceito meu, parou na vitrine da Chanel para tirar uma foto. Achei pobreza, mas no dia que não tiver ninguém olhando (pelo movimento acho difícil), saio registrando tudo também hahahMudando o rumo, me preparando para a volta, mas ainda entrando onde algo me atraía, olho para o horizonte e eis que novamente avisto a Sagrada Família. Chegou a oportunidade, com meu chip bem cheio. A altura era mais ou menos a mesma da rua onde eu me encontrava (meu mapa não está muito verdadeiro) mas faltavam algumas quadras. Segui em frente e tirei as fotos, mas deixo no suspense e ponho aqui depois, já me estendi demais por hoje.
Só cheguei pelas 21h porque voltei ao clube para mais detalhes (na primeira vez só peguei um panfleto e, COMO SOU MUITA ESPERTA, era com informações para crianças). E o céu continuava claro! Incrível.
Fotos mais tarde, vou deitar as costinhas, besos!
