
Conhecemos Sant Just e achei tudo lindinho, limpinho e arrumadinho, uma graça. Segundo a Bianca, aos domingos se torna um tédio pela falta do que fazer.
Fomos na aula de espanhol, que foi divertida e bem didática, eu diria. Não sei se todos os colegas são fixos, mas hoje tinha mais uma brasileira, uma alemã, um italiano e um marroquino, se são mais, faltaram.
Dia 23 de abril é dia de Sant Jordí, padroeiro da Catalunha. Isso faz com que muitas bandeirinhas daqui sejam espalhadas, além de um costume aderido por praticamente toda a cidade: homens dão rosas para as mulheres e mulheres dão livros para os homens. Isso sim é que é sexismo, mas a história das flores é um amor e move a cidade mesmo! Muitos homens nos metrôs levando rosas e muitas coleções delas nas mãos das mulheres. Tipo Sévigné no dia dos namorados, dá para perceber que, para alguns, a quantidade de flores é exibida como troféu, como se desse status. Que nenhum catalão veja isso, a professora de espanhol ficou super ofendida quando alguém disse que essa data era mais comercial e etc, sem tanto significado, no entanto não soube explicar a tal lenda que justifica essa distinção nos presentes, vou ter que procurar no google. Ela disse que é uma data muito especial para os catalães, muito emotiva, bonita e bla bla bla. Várias feiras de livros também são montadas nas esquinas, e parece que 8% da venda anual de livros acontece nesse dia. Data nada comercial, realmente.
Quase me dei uma rosa de presente para me sentir querida hahaha, mas não dá, 4 euros, O QUE?? ah, não..
Começaram algumas promoções de inverno, já que está esquentando, e eu dei uma aproveitadinha. Rolou um constrangimento em uma loja que a caixa cabeção esqueceu de tirar o apito e o segurança veio conferir, pediu a nota, essas coisas. Minha mãe não curtiu, obviamente. Não que eu tenha gostado, mas não me abalei. Improviso no espanhol, aeee.
Falando em esquentar, mais uma comparação com o Sévigné: até agora, minha melhor definição para a temperatura foi igualar às galerias do pátio no inverno. Na sombra, o frio é do peru. Migramos para o sol e temos que começar a nos pelar para não derreter. Aqui está exatamente assim. Não tenho acertado muito nas decisões do vestuário, acabo passando o dia carregando quilos de roupas.