quinta-feira, 23 de abril de 2009

Reconhecimento de área

Perspectivas bem melhores. Comecei a me animar mais com a cidade e com essa questão de sair andando, olhando mapas, enfim, legal, mas super turista ainda.
O Parque Güell é demais(!), ainda mais por já ter visto tanto em fotos, filmes e etc, me sinto dentro destes cenários. Tive pressa em olhar todos os cantos, mas como realmente estamos a duas quadras, não há motivo para isso, todo dia é dia.



Estou querendo ir logo para o que será o "nosso" apartamento.
Comecei a reparar nas pessoas. Minha inveja das roupas femininas é meio grande, mas branca. As maquiagens são bonitas, e para o padrão de Porto Alegre, pelo menos, seriam mais usadas à noite, o que também não quer dizer que haja muito exagero.
Assinamos o contrato com o dono do apartamento, a mudança será dia 1º, se tudo der certo, dia 30.
Quando chega a noite é sempre mais difícil porque não tenho tantas distrações, e a distância e essa sensação que ainda não consegui definir exatamente começam a me incomodar de novo. O meu nível de exaustão precisa ser mais alto para que eu caia na cama e durma, sem ter tempo de pensar.
Ainda não fomos para Sant Just Desvern, a cidade em que a Bianca está morando por enquanto, que alguns consideram um bairro de Barcelona. Acredito que será fácil porque os transportes têm parecido muito bons, e os que peguei até agora confirmaram isso. Quero experimentar um que achei extremamente prático, uma espécie de metrô, porém superficial. Existe um corredor especial, como se fossem os de ônibus, com uns trilhos para que eles passem, no mesmo nível do asfalto, como os de bonde mesmo.
Aqui perto tem um local que eu chamaria de praça - apesar de não achar muito parecido - no meio da rua, sem um recuo ou espaço mais delimitado, como de costume. Gostei muito, tem um tipo de palco e arquibancadas, ainda não sei se é normal acontecer algo ali, mas é bem agradável, dei uma descansadinha. Alguns ficam lendo por ali, outros só sentam (o que essas pessoas fazem no meio da tarde? talvez o mesmo que eu, sei lá...), e - para tocar meu coraçãozinho(!) - avós brincam com neta mais fofa dos últimos tempos. Mais uma que quase raptei, depois de ter babado litros assistindo um passeio de uma creche pela manhã no Parque Güell. Aliás, a impressão é de que por aqui as professoras de Ed. Infantil são tipo avós, sem tanto a 'tradição' de serem bem jovens, como me parece por Porto Alegre.

Foi neste solzinho da praça que fiquei extremamente leve, minha cabeça foi longe, talvez pudesse roubar a definição da Bruna de "momento romântico" e aplicar ao que acredito ter tido.
Quero todas as roupas de uma loja aqui da esquina, mas os preços não cabem no meu bolso, muitíssimo infelizmente. Como esta rua é no caminho do Parque, sempre escuto uma infinidade de idiomas passando por aqui. Também é considerável a quantidade de lojinhas turísticas, para uma rua não tão extensa.
Minha mãe não perde a mania de carioca de ter medo de tudo, voltamos tarde sem viva-alma na rua (hora da janta e jogo do Barcelona fizeram todos ficarem em casa), o que me fez ter quase que correr para acompanhar tanta pressa em chegar logo no prédio. Eu tenho meus medinhos e nunca acho demais olhar para os lados, mas ela me bate disparado nesse quesito. Aqui essas minhas neuroses não se manifestaram, a tranquilidade parece ser grande. Pelo que ouvimos, existem uns truques bobos para roubos (que não cairemos hehe), mas nunca com violência, então, ok.

Quero mandar e-mails, e embora minhas entradas na internet tenham sido frequentes, são sempre rápidas, até porque disputo computador com mamãe.