quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Türkiye - Antalya e Analya

Como estávamos nos dias de conhecer a região de Antalya, seguimos nosso caminho que, aliás, era sempre rodeado de bonitas paisagens (na ida para a Capadócia então, nossa!)

A primeira parada foi no Museu Arqueológico de Antalya (Antalya Arkeoloji Müzesi). O lugar rendeu mais de três horas de visita, com informações resumidas, é claro. A estratégia de ter esse museu como primeiro ponto foi pensada justamente para que se pudesse aproveitar, já que no fim do dia já estaríamos cansadas. 








Dali, fomos conhecer outras cataratas, que foram suficientes para calar a boca do pessoal que tinha reclamado com o nosso guia da cachoeira do dia anterior. Dessa vez, a impressionante queda da água que nos entusiasmou foi a Karpuzkaldiran (Karpuzkaldiran Şelalesi). De um cantinho mais escondido se vê o ponto exato em que a água começa a cair e, uns passos para trás, é possível enxergar aquele fluxo absurdo caindo diretamente no Mediterrâneo. É impressionante! Lá embaixo, nas gotículas de água que voltam a subir com a ajuda do vento, dá para ver um mini arco-íris onde batem os raios de sol.













Em seguida, almoçamos em um lugar maravilhoso, de onde desfrutávamos de uma vista não menos maravilhosa.
 



Com os estômagos e paladares completamente satisfeitos, fomos para o centro de Antalya. Uma das coisas que mais vimos pela Turquia foi o comércio de falsificações de grifes. Até nas regiões mais humildes e sem movimento, as lojinhas bombavam na quantidade de Prada, Dolce & Gabbana, Armani, Gucci, Versace, Tommy Hilfield, Lacoste, e por aí vai. Pelo centro, apesar de termos visto artesanato e produtos mais típicos, a pirataria também tomava conta.




Entramos em uma mesquita que, no dia seguinte, já seria totalmente deixada de lado para dar lugar e valor a uma outra, muito mais bonita. Mesmo assim, aí estão as fotos:


O que me deu nojinho foi colocar o lenço na cabeça, porque eu não estava preparada e tive que usar um dos que tem na entrada, que ficam disponíveis para os casos como o meu. Imaginei quantas cabeças suadas e piolhentas podem ter passado por aquele pedaço de pano e enfim, fiz cara feia mas encarei. Como é necessário cobrir a cabeça - para as mulheres - e entrar descalço - para todos - a primeira salinha antes da mesquita em si, onde há uma espécie de escaninho para deixar os sapatos, tem um cheiro absurdo de chulé. Tipo zona do tobagã do Mc Donald's, com o agravante de ser chulé adulto e multiplicado por três, mais ou menos.Terrível.


Ah, nas fotos da outra mesquita vai dar para ver do que estou falando, mas é o seguinte: como as orações são feitas assim, como na imagem acima, as mulheres têm uma "área reservada". Segundo nosso guia, é para que "ellas no muestren el culo cuando están rezando", mas eu acho que tem um machismo por trás disso. A nossa "parte" é no fundo, atrás de uma cerquinha, ou seja, sem mais nenhum homem atrás. Sei não..
Observem meu LINDO lenço com passado de trezentas mil cabeças e cabelos!
Fiquei gatinha hahahahahha



Quando fomos dar um rolé (hehe) pelo comércio, começamos a descer uma rua que foi se tornando um labirinto de tendas iguais. Começou a anoitecer e ficamos com medo de não saber voltar, já que a cada passo ficava mais complicado saber por onde tínhamos chegado até ali.



Nesse dia, começamos a evitar ao máximo responder nossa nacionalidade, quando perguntada - pelo menos em situações com poucas pessoas ao redor. Antes de qualquer tentativa de diálogo, os olhares tinham muita malícia. Se a palavra "Brasil" fosse pronunciada, em geral, os olhinhos masculinos brilhavam ainda mais. As abordagens para compras são sempre insistentes e cansativas, e nessa função os vendedores chutam os dez ou doze países de onde a pessoa pode ter vindo e tenta falar umas três línguas, no máximo (turco, inglês e castelhano). Uma técnica adotada foi fingir que não entedíamos nada, que não falávamos qualquer outra língua e que não éramos de lugar nenhum, ou seja, passávamos reto - a não ser que algum produto realmente chamasse a atenção.

O dia seguinte foi super light, já que no outro teríamos uma longa viagem pela frente: iríamos para a região da Capadócia e, entre trajetos e paradas (técnicas e para visitas), levaríamos aproximadamente dez horas.
Por isso, nosso dia foi basicamente conhecendo Analya, que tem vistas realmente lindas. Além disso, as nossas companhias foram - como diria Bianca - MA-RA-VI-LHOOO-SAS, hehe.
Antes dos outros pontos, fomos numa caverna com formações de estalactites e estalagmites, a Damlataş Mağarasi. O calor lá dentro é impressionante, e a umidade mais ainda. A gruta tem 10 metros de comprimento, então dá para entrar, se impressionar, tirar umas fotos e já sair, porque é insuportável ficar ali por muito tempo, vai dando uma certa dificuldade de respiração. Mas as formações são uma loucura!
As fotos, devido à (falta de) luminosidade do lugar, não ficam lá muito boas, mas...







Em alguns momentos a paisagem até me lembrava o Rio de Janeiro, mas isso é pelo costume que eu tenho de encontrar semelhanças entre os lugares que vou com os que já conheço.




São apenas 17 segundos, mas divulgo para dar uma noção quase panorâmica de uma rua pela qual passei bem na  hora em que o toque para a oração estava soando, provavelmente de uma mesquita próxima.


E aí está o famoso chá de maçã turco, do qual eu virei fã e perdi as contas de quantas vezes tomei nas nossas paradinhas. Ele é vendido por tudo quanto é parte, comprei um estoque para mim numa negociação de preços com um turco, hehe. Sempre é servido num copinho parecido com esse (também comprei de lembrança).

Foi só o tempo de tomar alguma coisinha (Bianca e eu, mais lights, o té de manzana - como ele nos era apresentado - e mamãe uma grande taça de sorvete), e já nos encaminhamos para o castelo de Analya (Analya Kalesi).
Chegamos ao último nível do querido exaustas, porque a única forma de ir parar lá no topo é através de escadas com degraus absurdamente altos. Perdi todo o ar dos meus pulmões.
Como estou dando notícias, significa que, depois de muito, me recuperei e sobrevivi.











Depois da pausa para um típico almoço turco, aproveitamos o pouco tempo que ainda nos restava com o dia ainda claro para ir à tal mesquita super bonita. Ela segue os padrões das mais tradicionais, mas é bem mais nova: século XXI. Para ser mais específica, de uns seis ou sete meses atrás. E sem chulé!!!


Ah! É poibido pisar inclusive nesse tapete de fora se a pessoa estiver calçada. Pelo menos aqui colocaram esse tabladinho de madeira para ninguém congelar os pés enquanto tira os sapatos. É proibidasso, vale ressaltar!









Esse é o tal cantinho das mulheres que eu comentei


Yoli fofocando



É uma pena, mas as fotos que temos desse momento são essas meio tremidas mesmo. A única que realmente ficou boa (nítida) está na câmera de um amigo nosso e ainda não recebemos.
Ah, dados de nossos bloquinhos de anotações: são 72 milhões de turcos, dos quais 95% são maometanos.
O único idioma oficial é o turco, embora existam 63 etnias no país. Em Istambul há 8 milhões de curdos.

Na volta para nossa última noite no espetacular Siam Elegance, mais um lindo pôr-do-sol, como todos que presenciamos na Turquia.


E na manhã seguinte a viagem começaria hiper cedo.
Em breve (breve mesmo porque não pretendo me atrasar muito), mais um capítulo da nossa aventura, hihi