domingo, 16 de agosto de 2009

Cadaqués, Cap de Creus e Port Lligat

Ok, me dei conta de que não tenho fotos na praia de Cadaqués.
Isso porque o caminho até lá era absurdamente sinuoso, fiquei mais enjoada do que nunca e quando cheguei em frente ao mar (lembrem-se sempre: cascalhos!!) só pude pensar em me deitar naquela ausência de conforto para ver se melhorava.
Para não dizer que não tenho nenhumazinha sequer, acabo de encontrar essa. Horrível, mas fica como registro.
(Isso era na BEIRA da praia. Só para não restarem dúvidas de que não exagerei quanto ao cascalho)
Pero no pasa nada, tenho fotos de um lugar incrível: Cap de Creus!
O cabo é formado por uma montanha imensa e rochosa de 672m de altitude, erguida sobre o Mar Mediterrâneo, no nordeste da Espanha. É, aliás, o ponto mais oriental da Península Ibérica.

Subida até o cabo no nosso super carrinho - sempre acompanhados das atrapalhadas de Catarina

Meu dedinho é por conta da alta temperatura da lataria









Na pontinha mesmo do precipício mamãe não deixou


Mãe e Leandro fazendo capa de revista




Migas

Muito migas

Descemos tudo de novo para a nossa visita à Casa-Museu Salvador Dalí. No caminho, muitos ciclistas estavam arriscando suas vidas pedalando por ali. Sério, as estradas, embora proporcionem vistas maravilhosas, são super estreitas, cheias de curvas e, de fato, precipícios. Lembro daqueles desenhos animados do Pateta e etc que um carrinho pequeno vai contornando uma montanha. Era exatamente o que estávamos fazendo.
O museu fica em Portlligat e só é permitida a entrada com dia e hora marcados, coisas que já tínhamos acertadas. Os acessos são a cada 10 minutos, em grupos reduzidos de no máximo oito, e a visita dura aproximadamente 40 minutos.
Em cada cômodo há um guia, que sempre pergunta para o grupo qual o idioma que as pessoas preferem. Assim, eles dão as informações nas línguas elegidas pelo pessoal. Quer dizer, provavelmente eles não devem saber uma infinidade delas. No meu, eles falavam espanhol, inglês e depois francês, geralmente nessa ordem. Duas ou três frases de explicação, um tempo controlado para olhar e já tínhamos que seguir para outra parte.


As fotos, desde que sem flash (principalmente no estúdio, pela presença de obras originais), são permitidas. Por sinal, genial o mecanismo montado que permitia que as telas subissem ou descessem para ele poder pintar sentado!
Dalí comprou, em 1930, uma cabana de pescadores com quatro metros quadrados, que foi aumentando até a transformar numa casa à sua imagem!
É uma loucura, demais, SURREAL (piadinha, hãn? hãn?)!
Muita coisa seria considerada brega e extremamente cafona, o que torna tudo ainda mais legal. Uma mistura incrível de objetos bizarros aparentemente sem relação nenhuma, vários animais empalhados (urso, águia, muitas pombas - nojo nojo nojo), tapetes, recordações de viagens, gaiolas gigantes de pássaros no quarto (devia ser um barulho ensurdecedor), gaiola mini para a coleção de grilos, fotografias, quadros e espelhos fazem parte da decoração. Para que pudesse ver os primeiros raios de sol ainda deitado na cama, inventou um jogo de espelhos, instalado num ambiente um nível abaixo do que se encontrava o quarto.
(Não é esse)



O número de portas é relativamente pequeno (pelo menos se comparado ao tamanho da propriedade), mas a divisão é feita de um jeito que me agradou bastante! Os cômodos são cheios de desníveis: é preciso subir uns degraus para ter acesso a um, descer para seguir por outro, enfim.
Uma peça oval com uma acústica muito louca foi feita para esposa. Acompanhando o desenho da sala, está um grande sofá, como se ali pudessem chegar muitas visitas, mesmo o local tendo sido projetado SÓ para ela. Conforme vamos entrando e chegando no meio do ambiente, a sensação de que há um microfone com um super amplificador colocado na nossa roupa aumenta. A passagem para este lugar é por uma espécie de closet totalmente forrado de fotos em preto e branco, agora não me lembro o critério para seleção das mesmas, mas era o máximo.
No jardim, a piscina fálica, as imensas cobras enroscadas por praticamente tudo, os pneus Pirelli, o sofá de boca, os ovos no telhado, uma cabine telefônica para as visitas...







Para as pombas nojentas

São muitos detalhes pra observar. Alguns chamam mais atenção por um ou outro motivo. Para reparar em objetos não tão perceptíveis seriam necessários mais do que esses "míseros" 40 minutos.

Tive um problema não identificado por aqui que me fez perder uma série de fotos dessa viagem. Conto com a boa vontade de Dadinha para me enviar as fotos da casa, pelo menos, porque eu acho muito boas. Se ela me fizer esse favorzinho, desde já especifico que os créditos são dela.
É sem graça, mas no site tem essa tal de "visita virtual", só para tentar ter uma ideia


E aqui somos nós, nos salgando - para não precisar completar a frase - fazendo hora enquanto não chegava nossa vez de entrar no museu.


Beijos,