O museu, como todos sabem, é imenso, lotado de gente, e facílimo de se perder, principalmente quando se está com pelo menos mais uma pessoa, porque cada um pára em uma obra e, quando se olha para o lado, a companhia já não está ali. Várias vezes pensei "ok, minha mãe está de preto, preciso localizar alguém de preto" HA-HA, doce ilusão, quinhentas e trinta e nove pessoas de preto.



Que eu me lembre, me baseando nos mapas, percorremos a parte de antiguidades gregas, etruscas e romanas, a de pinturas (séc. XII a XVIII) e a de esculturas (séc, XVI a XIX) italianas, as "ruínas"(?) do Louvre Medieval, e minha mãe não abriu mão de conhecer os aposentos do Napoleão III. Isso já levou algumas boas horas e foi suficiente para derrotar a minha coluna, embora eu estivesse disposta a suportar mais momentos de cansaço para continuar olhando tudo o que desse. Realmente impossível ver tanto quanto se quer. Entre tudo isso, vimos outras alas, mas - principalmente por eu ter demorado para escrever - minha memória me deixa na mão.
Existem várias opiniões contra as fotos em museus. Ok, não resisti, acabei tirando algumas:
(os turistas - tipo eu - estarão sempre presentes)
Difícil adivinhar o foco das atenções
Tcharãn
De tanto ouvir falar mal, que era um quadro minúsculo e tantas outras coisas, eu, ao contrário de muitos, não me decepcionei. Em termos de tamanho, as medidas são de 77cm X 53cm, ou seja, mais ou menos um travesseiro.
Como dá para notar, existe um pequeno obstáculo para chegar perto. Fui persistente, tive paciência e educação - o que nem sempre tenho encontrado nas pessoas, pedi licença algumas vezes, deixei passarem na minha frente em várias outras (não que houvesse uma fila, pelo contrário), e consegui ficar na "primeira fileira". Está certo que tirei essas fotos, mas me impressionei com a quantidade de gente que sai empurrando tudo e todos que estiverem pelo caminho, alcança o objetivo de "um bom lugar", tenta enquadrar o rosto e a obra na mesma foto e vai embora, sem olhar sequer o sorrisinho da moça. Dediquei alguns minutos observando só esse tipo de cena, e depois me atentei ao quadro. Levei uma batidinha nas costas e, quando viro, eis que me deparo com uma sem noção munida de uma câmera, que sem nem desviar o olhar da tela da máquina, teve a capacidade de me fazer sinal para dar uma abaixainha. Não quis nem saber, devolvi um olhar de "lamento mas não vai rolar" e fiquei bem paradinha ali na frente. A prioridade é da galera, e não das supostas boas fotos.
Bom, um pouquinho dos humildes aposentos do Napoleão III
Escrivaninha portátil
Demais.