Fomos ao Museu Rodin a pé, já que percebemos a proximidade da nossa casa.
Em 1908, o escultor se instalou no Hôtel Biron, palacete parisiense do século XVIII, transformado em museu após sua morte. Além do acervo, que contém obras de Auguste Rodin e Camille Claudel (modelo, assistente, amante, rival - dizem que algumas obras assinadas por ele, na verdade, são dela) outra grande atração é o jardim, que também conta com esculturas espalhadas.
Demais!
Le Penseur
Não fui tão fiel à original...
Monument à Victor Hugo
Ugolin et ses enfants
L'éternal printemps
Le Baiser
L'eternelle Idole
La Valse, Camille Claudel
Na saída, uma cena típica - ou item típico na listinha de compras
Amei Paris e quero voltar! Muitas coisas e lugares estão esperando minha visita por lá, já que nosso tempo de estadia, apesar de bem aproveitado, não foi suficiente.
Como eu nunca tinha ido, não posso fazer uma comparação de antes e depois, mas segundo a Susana e a Dada, que já foram várias vezes, a cidade está meio decadente. De fato, dos lugares que fui até agora, Paris é a cidade com mais gente pedindo dinheiro, mais pessoas dormindo nas ruas, com mais lixo pelo chão... A pobreza é mais aparente, não se vê somente nas regiões mais afastadas ou em bairros específicos.
Também foi onde encontrei mais brasileiros até agora, disparado! E olha que já vi gente falando português em todas essas viagens... Lá foi muito mesmo, a maioria turista como eu (leia-se: câmeras, mapas, pontos turísticos, olhares perdidos e deslumbrados)
Tive muitos descontos em museus e entradas em geral, isso quando não foram gratuitas. Em alguns locais, meu critério para redução de preço era a idade, e em outros eu me encaixava na categoria de "jovens residentes na União Europeia". Tem muitos incentivos desse tipo - inclusive aqui em Barcelona, onde estavam fazendo vários cursos gratuitos (esses só para espanhóis mesmo) para tentar diminuir o índice de vagais que estavam surgindo.
Não circulei por tantas linhas de metrô assim para generalizar, mas não gostei das em que estive. Isso se deve ao fato de eu, naturalmente, fazer comparações com Barcelona: as daqui são bem mais novas e modernas do que as de Paris, onde achei algumas estações meio descuidadas. Aliás, fiquei impressionada com a quantidade de gente burlando o pagamento do transporte!
Aqui, na maioria das estações, coloca-se o tíquete na máquina para ser validado e uma portinha de vidro abre, permitindo a passagem. Em Paris o esquema é o mesmo, porém com roletas, o que possibilita outras opções como passar por baixo, pular, etc. Provavelmente para evitar esse tipo de safadeza, colocaram uma outra "barreira" logo em seguida, que apesar de não ser uma porta, funciona como uma. Desse modo, saltos e "rastejos" ficam mais complicados. As técnicas desenvolvidas para, ainda assim, passar sem pagar são das mais variadas. Vi contorcionismos, movimentos de força, atitudes de solidariedade em grupo, enfim.
Na ida para o aeroporto, prendi minha mala entre dois mecanismos e só deu para tirar com a ajuda de uma alma prestativa que validou uma passagem para mim, gerando o destravamento daquele negócio extremamente mal feito. Poderia ter sido minha perna, poxa.
Mais uma diferença: a rigorosidade do aeroporto. Em nenhum outro enfrentei tanta rigidez e burocracia desnecessária, seja no check-in, seja na entrada para a sala de embarque, etc. Não que eu ache que não é preciso, mas até a tripulação é revistada. O detector de metais apitou quando uma aeromoça passou. Uma funcionária de luvinhas passou outro detector nela, que indicou metais no bolso. Ela se deu conta e retirou meia dúzia de grampos de cabelo dali, a outra passou o detector novamente, que já não indicava problemas e ainda assim apalpou a mulher dos pés à cabeça, com cara de "vou te desmarcarar, bandida". A suspeita nem se abalou, todos já devem estar acostumados com a rotina desse aeroporto.
É, foi o fim de uma viagem mais do que ótima!
Recomendo, minha gente.